12102000
a dor de não ter-te
e imaginar distante mais do que estás
destroi-me e aflora
todas as frustrações enrustidas
há milênios pelos meus eus
florescem nos lajeiros do sertão
nos alpes
nas cordilheiras
e nas grutas mais remotas
a dor de ter-te
no meu colo acalantado
pelos sentimentos mais pueris
me faz viajar
em direção a netuno
à procura de tritão e nereida
para no oitavo dia
te ver dormir e sonhar
e soltar as fantasias quiméricas
de milênios amufambadas
por outros eus
o prazer de ter-te
é onírico
e eu galgo todos os cumes
em te ver passar
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